sábado, 9 de outubro de 2021

Cartunista Nani morre aos 70 anos vítima da Covid-19 em Belo Horizonte


Publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 8 de outubro de 2021

  

Cartunista Nani morre aos 70 anos vítima da Covid-19 em Belo Horizonte 


Mineiro de Esmeraldas, na Grande BH, criador da tira Vereda Tropical estava internado havia uma semana. Ele trabalhou ao lado de Chico Anysio por 20 anos, escreveu livros e foi reconhecido em diversas premiações. 


Por Carine Tavares, TV Globo — Belo Horizonte 


O cartunista Nani, criador da tira Vereda Tropical, morreu nesta sexta-feira (8), em Belo Horizonte. Aos 70 anos, ele foi vítima da Covid-19, segundo informações da família. 


Nani deixa dois filhos, Juliano e Danilo, uma neta, a Manuela, e a mulher, Inez. 


O corpo será cremado neste sábado (9) às 10h, no Parque Renascer, em Contagem, Grande BH. 


Mineiro de Esmeraldas, na Região Metropolitana, ele estava fazendo isolamento em sua cidade natal desde o início deste ano, quando se mudou do Rio, mas foi infectado pelo coronavírus. 


De acordo com a família, Nani estava internado havia uma semana na capital mineira. 


Nani fazia parte do grupo de risco para a Covid-19. Ele ficou conhecido na medicina brasileira por ter passado por três transplantes de fígado em apenas um mês. 


A carreira 


Conhecido em todo o país pelo apelido, Ernani Diniz Lucas nasceu em 27 de fevereiro de 1951. Aos 20 anos, começou a carreira em Belo Horizonte, publicando charges. Pouco depois, em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro. 


Ao longo da trajetória profissional, colaborou com O Pasquim e foi chargista de O Globo. Também publicou em veículos como Jornal dos Sports, Última Hora e O Dia. 


O cartunista de humor ficou conhecido por ser o criador da tirinha Vereda Tropical, publicada em diversos jornais pelo brasil na década de 1980. A tira satirizava a situação política e social brasileira da época. 

Na TV Globo, Nani trabalhou ao lado de Chico Anysio por 20 anos, como roteirista em Chico Total e Escolinha do Professor Raimundo  


Escolinha do Professor Raimundo: O mestre 


Segundo os amigos, era nos bares de Esmeraldas que ele se inspirava para os roteiros que escrevia para a Globo. Ao ouvir os amigos nos barzinhos, ele criava bordões que seriam usados, por exemplo, nos episódios com o Chico Anysio. 


Ele também escreveu textos para os programas Casseta & Planeta, Sai de Baixo e no Zorra.

 

Ao longo da carreira, Nani foi reconhecido por autoridades do humor e reconhecido por premiações internacionais. 


É ainda autor de diversos livros. Entre eles, estão “Batom na cueca”, “É grave, doutor?” e “Humor politicamente incorreto”. 


Seu mais recente livro, "Tem outra palavra na palavra", foi lançado em 31 de agosto deste ano. 


Nani deixou recado a alunos de Esmeraldas, sua terra natal, sobre a importância dos livros. 


Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com

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